AMEBÍASE
Autor(a): Por Mariana
Araguaia
Link: http://www.brasilescola.com/doencas/amebiase.htm
Cisto de Entamoeba
histolytica: protozoário responsável pela amebíase Amebas são protozoários cuja
locomoção se dá via expansões citoplasmáticas – pseudópodes. As pertencentes à
família Endamoebidae, como as dos gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax, são
parasitas comuns de nossa espécie e têm como característica o tamanho diminuto
e capacidade de formar cistos.
A Entamoeba histolytica é a
responsável pela amebíase, embora possa estar
presente no organismo sem desenvolver a doença. Esta, de período de incubação que varia entre 2 e 4 semanas, se
caracteriza pela manifestação de diarreias e, em
casos mais graves, comprometimento de órgãos e tecidos. É
responsável por cerca de 100000 mortes ao ano, em todo o mundo.
A amebíase é mais comum em regiões onde as condições de
saneamento básico são precárias, uma vez que a forma de contaminação se
dá via ingestão de seus cistos. Estes, liberados nas fezes da pessoa adoecida,
podem se espalhar na água e vegetais que, sem a devida higienização antes de
serem ingeridos, podem causar a doença. Vale pontuar que a resistência dos
cistos é muito grande: podem viver cerca de 30 dias na água, e 12 em fezes
frescas.
Após a ingestão, no sistema digestório, estas formas dão origem
a trofozoítos. Estes invadem o intestino grosso, se alimentando de detritos e
bactérias ali presentes, causando sintomas brandos ou mais intensos, como diarreia sanguinolenta ou com muco e calafrios.
Os trofozoítos, por meio de sucessivas divisões, podem dar
origem a novos cistos, sendo liberados pelas fezes e dando continuidade ao
ciclo de infecções. Podem, também, invadir outros tecidos, via circulação
sanguínea. Nessas regiões, alimentam-se das hemácias ali presentes, provocando
abscessos no fígado, pulmões ou cérebro.
Note que, no primeiro caso, o indivíduo pode apresentar o
parasita de forma assintomática, mas também sendo capaz de contaminar outras
pessoas ao liberar os cistos em suas fezes: a maioria dos casos de infecção por E. histolytica se
manifestam dessa forma.
Para diagnóstico são necessários exames de fezes e, em
casos mais graves, de imagem e de sangue, além de punção das inflamações. Para
tratamento é feito o uso de fármacos antimicrobianos, prescritos pelo médico.
Medidas relacionadas a saneamento básico, como implantação de
sistemas de tratamento de água e esgoto, e controle de indivíduos que manipulam
alimentos, devem ser levadas em consideração para se reduzir ou, em longo prazo, erradicar a amebíase.
Comportamentos individuais de higiene, como lavar as mãos após
ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar com animais e antes de comer ou
preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada; higienizar os vegetais
antes do consumo, deixando-os em imersão em ácido acético ou vinagre por cerca
de 15 minutos; evitar o contato direto ou indireto com fezes humanas; e
isolamento dos pacientes que lidam com crianças ou alimentos são necessários
para evitar reincididas
ou infecção de outras pessoas.
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