ONU pede ação internacional urgente para combater desigualdades sociais e riscos ambientais
Fonte: ONUBrasil
ASSUNTO: Recursos naturais - Desigualdade Social - Risco Ambiental - Socioembiental.
Justiça social e proteção ambiental são igualmente urgentes e intrinsecamente ligadas a objetivos universais, necessitando de ação global coordenada nas duas frentes na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho. Esta argumentação, baseada no relatório “Sustentabilidade e Equidade: Um futuro melhor para todos”, propicia a discussão do Fórum Global para o Desenvolvimento Humano (22 e 23/03). O evento em Istambul, na Turquia, vai analisar os críticos desafios sociais, econômicos e ambientais que o mundo enfrenta atualmente, incluindo melhores abordagens para avaliar o progresso nacional e global.
“O mundo está numa encruzilhada”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem. “Precisamos de todos, ministros, parlamentares, empresários, líderes da sociedade civil e jovens para, juntos, transformar nossas economias, colocar nossas sociedades numa posição mais justa e equitativa, e para proteger os recursos e ecossistemas dos quais nosso futuro compartilhado depende.”
“O conceito de desenvolvimento humano originou da insatisfação bem fundamentada no uso exclusivo do produto interno bruto como uma medida de progresso humano”, destacou Ban. “Apesar deste entendimento ter se tornado uma espécie de referência em nosso pensamento sobre desenvolvimento, ainda há necessidade de mudança dramática na forma de valorizar e medir o progresso.”
“O desenvolvimento sustentável reconhece que nossos objetivos econômicos, sociais e ambientais não são concorrentes que devem ser colocados uns contra os outros, mas são objetivos interligados, mais efetivos quando perseguidos juntos e de maneira holística”, disse o Secretário-Geral. “Precisamos de um documento final na Rio+20 que reflita este entendimento e que relacione as preocupações de todos.”
Segundo a Administradora Adjunta do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rebeca Grynspan, o Fórum “oferece uma oportunidade única para debater as mensagens que queremos levar para o Brasil, refletindo sobre o que aprendemos desde a Conferência de Estocolmo em 1972 e da Cúpula dos Povos em 1992.”
“Devemos reconhecer que alto carbono e o crescimento desigual são por si prejudiciais ao reproduzir instabilidade social e violência e destruir habitats naturais críticos para subsistência. Precisamos de um novo paradigma de crescimento e uma nova abordagem para a economia política de desenvolvimento sustentável”, acrescentou Grynspan na abertura do evento.
Políticos de diversos países farão intervenções. Para amanhã está prevista a palestra do Senador e ex-Ministro da Educação do Brasil Cristovam Buarque. Para acessar a programação,clique aqui.
O Fórum, organizado pelo PNUD e pela Turquia, com apoio da Dinamarca, será concluído com uma “Declaração de Istambul”, articulando as propostas conjuntas dos participantes e prioridades para a Rio+20.
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