segunda-feira, 28 de maio de 2012


Mudanças no texto do Código Florestal são publicadas no 'Diário Oficial'
Fonte: Folha.com

A presidente Dilma Rousseff publicou nesta segunda-feira no "Diário Oficial da União" o texto do novo Código Florestal brasileiro, com 12 vetos à proposta que elaborada pelo Congresso.
Na mesma edição, publicou a Medida Provisória n° 571/2012, que preenche as lacunas legais deixadas pelo veto e restaura, mas de forma mais favorável ao agronegócio e ao setor imobiliário, o texto do código elaborado pelo Senado Federal e posteriormente alterado pela Câmara.
Foram vetados cinco artigos inteiros e sete parágrafos.
As principais supressões são o artigo 1°, que dava ao código (uma lei ambiental em sua origem) um caráter de mero disciplinador de atividades rurais; e o artigo 61, que na versão da Câmara anistiava desmatamentos ilegais feitos em área de preservação permanente, como informaram os quatro ministros destacados por Dilma para explicar os vetos à imprensa na última sexta-feira.
Em seus lugares foram reinseridos, respectivamente: o artigo 1° do Senado, que estabelece como fundamento da lei a "proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico"; e uma nova formulação para a polêmica questão da recomposição de áreas de preservação permanente ripárias (as chamadas matas ciliares) desmatadas.
Trata-se daquilo que o governo batizou de "escadinha", ou seja, a determinação de que a recomposição dessas APPs (áreas de proteção ambiental) será proporcional à largura do rio e à área da propriedade.
Os chamados minifúndios, ou seja, áreas com até 1 módulo fiscal (a medida média do módulo no país é 20 hectares), serão obrigados a recompor somente 5 metros de APP em rios de até 10 metros de largura; já para as médias e grandes propriedades (acima de 10 módulos fiscais) a recomposição mínima será de 30 metros em cada margem.
A MP 571 devolve, ainda, as provisões do Senado de proteção às veredas (uma faixa de proteção de 50 metros), às nascentes e olhos d'água (idem) e a definição de pousio (interrupção por cinco anos do uso de uma terra).
O texto elaborado pela Câmara não impunha limites ao pousio, o que poderia em tese permitir o desmatamento de florestas secundárias que o proprietário qualificasse como "em pousio".
O capítulo do texto do Senado que tratava dos manguezais também foi restaurado; a Câmara, ao eliminá-lo, permitia criação de camarão e extração de sal sem limites nos chamados apicuns e salgados, partes do manguezal sem vegetação e que até a reforma do código eram integralmente protegidos.
A MP determina que só 10% dos apicuns e salgados nos Estados da Amazônia e 35% nos outros Estados do país possam ser ocupados --uma concessão feita já no Senado aos parlamentares do Nordeste.
A MP devolve, ainda, a previsão de corte de crédito após cinco anos para os proprietários que não comprovarem regularidade ambiental, e a possibilidade de o presidente da República, governadores e prefeitos endurecerem as regras de preservação para as bacias hidrográficas criticamente ameaçadas (um aceno ao PSDB, já que esse dispositivo é de autoria do senador tucano Aloysio Nunes).
Ela é mais branda que o código do Senado em pelo menos dois pontos: não reestabelece a competência exclusiva do Ibama para licenciar desmatamentos em locais que contenham espécies ameaçadas; e mantém o veto da Câmara à previsão dos senadores de que expansões urbanas tivessem um mínimo de 20 metros quadrados de área verde por habitante. A derrubada desse dispositivo na Câmara foi exigência da indústria da construção civil, grande doadora de campanhas, e de deputados do próprio PT.
Editoria de Arte/Folhapress
VETOS
Veja o detalhamento das alterações no texto do Código Florestal aprovados por Dilma Rousseff. Foram vetados os seguintes pontos:
- artigo 1º
- no artigo 3º, o inciso XI
- no artigo 4º, os parágrafos 3º, 7º e 8º
- no artigo 5º, o parágrafo 3º
- no artigo 26º, os parágrafos 1º e 2º
- o artigo 43
- o artigo 61
- o artigo 76
- o artigo 77

ARTIGO 1º
De acordo com o Diário Oficial, o artigo 1º foi vetado pela presidente porque o texto não indica com precisão os parâmetros que norteiam a interpretação e a aplicação da Lei. Ao vetá-lo, a presidente Dilma explica que está sendo enviada uma MP ao Congresso que "corrige esta falha e enumera os princípios gerais da lei".

INCISO XI do artigo 3
Trata sobre o conceito de "pousio". De acordo com o D.O.U, o veto se justifica porque o conceito de pousio aprovado não estabelece limites temporais ou territoriais para a sua prática, o que, segundo o governo, "não é compatível com o avanço das técnicas disponíveis para a manutenção e a recuperação da fertilidade dos solos". O governo diz ainda que a ausência desses limites "torna possível que um imóvel ou uma área rural permaneça em regime de pousio indefinidamente, o que impediria a efetiva fiscalização quanto ao cumprimento da legislação ambiental e da função social da propriedade."

Parágrafo 3º do artigo 4
De acordo com o governo, este dispositivo deixava os apicuns e salgados sem "qualquer proteção contra intervenções indevidas". O texto também excluía "a proteção jurídica dos sistemas úmidos preservados por normas internacionais subscritas pelo Brasil, como a Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional". A justificativa do veto diz ainda que por sua relevância ambiental, [os apicuns e salgados] merecem tratamento jurídico específico, que "concilie eventuais intervenções com parâmetros que assegurem sua preservação."

Parágrafos 7º e 8º do artigo 4
O governo definiu estes dispositivos, que tratavam sobre a definição da largura da faixa de passagem de inundação, como um "grave retrocesso à luz da legislação", porque dispensavam a necessidade de critérios mínimos de proteção. O governo afirma que estes critério mínimos são "essenciais para prevenção de desastres naturais e proteção da infraestrutura". O texto vetado permitia que essas definições fossem estabelecidas pelos planos diretores e leis municipais de uso do solo, ouvidos os conselhos estaduais e municipais de meio ambiente.

Parágrafo 3º do artigo 5º
De acordo com o governo, o texto trazia disposições sobre o conteúdo do "Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial", e isto engessava sua aplicação. Conforme o governo, o veto não impede que o tema seja regulado por órgãos competentes.

Parágrafos 1º e 2º do artigo 26
O artigo 26 trata sobre a "supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo", ou seja quais áreas de preservação poderiam ser desmatadas de forma legal para uso alternativo do solo, como a atividade agropecuária. Para o governo, os parágrafos vetados tratam este assunto "de forma parcial e incompleta". Segundo o texto publicado no D.O.U., o tema já é disciplinado pela Lei Complementar 140, de 08 de dezembro de 2011.

Artigo 43
Este trecho dizia que os concessionários de serviços de abastecimento de água e de geração de energia elétrica tinham o dever de "recuperar, manter e preservar as áreas de preservação permanente de toda a bacia hidrográfica em que se localiza o empreendimento". O governo considerou que esta era uma obrigação "desproporcional e desarrazoada, particularmente em virtude das dimensões das bacias hidrográficas brasileiras". O governo diz ainda que o dispositivo "contraria o interesse público, uma vez que ocasionaria um enorme custo adicional às atividades de abastecimento de água e geração de energia elétrica no país".

Artigo 61
Este artigo trata sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs). O governo diz que o texto é "impreciso e vago", e contraria o interesse público, causando "grande insegurança jurídica quanto à sua aplicação". A presidente Dilma diz ainda que o dispositivo "parece conceder uma ampla anistia aos que descumpriram a legislação que regula as áreas de preservação permanente até 22 de julho de 2008, de forma desproporcional e inadequada". O texto afirma que se fosse aprovado "eliminaria a possibilidade de recomposição de uma porção relevante da vegetação do país".

O governo também criticou o fato de o texto incluir apenas regras para recomposição de vegetação "ao largo de cursos d´água de até dez metros de largura", e não tratar sobre rios de outras dimensões e outras áreas de preservação permanente. O governo afirma ainda que o artigo 61 deixava para os produtores rurais brasileiros uma grande incerteza "quanto ao que pode ser exigido deles no futuro em termos de recomposição".
A presidente Dilma também criticou a ausência de "parâmetros ambientais com critérios sociais e produtivos" e diz que esta perspectiva "ignora a desigual realidade fundiária brasileira".
Artigo 76
Este artigo determinava que o Poder Executivo deveria enviar, no prazo de três anos, ao Congresso Nacional projetos de lei sobre os biomas da Amazônia, do Cerrado, da Caatinga, do Pantanal e do Pampa. De acordo com a justificativa publicada no D.O.U., o texto fere o princípio da separação dos Poderes porque firmava um "prazo para que o Chefe do Poder Executivo encaminhe ao Congresso Nacional proposição legislativa."

Artigo 77
O governo considerou que este artigo trazia insegurança jurídica para empreendedores públicos e privados porque se referia a uma proposta de 'Diretrizes de Ocupação do Imóvel, nos termos desta Lei' --sem que houvesse ao longo de todo o projeto do Código Florestal a definição "desse instrumento e de seu conteúdo".

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Atividades com os fungos
1)      A classificação dos fungos ainda gera discussões entre os micologistas. Até 1969, os fungos eram incluídos no reino vegetal, porém novos permitiram que fossem considerados em um reino à parte. Explique por que os fungos não podem ser classificados como plantas.

2)      Os fungos podem desenvolver-se sobre inúmeros tipos de alimento, formando estruturas visíveis a olho nu, conhecidas como bolores ou mofos. Observem a imagem.


a.       Qual das formas de nutrição existentes no reino Fungo explica melhor a imagem observada?
b.      Qual a importância desse modo de vida para os ecossistemas?
c.       Dos filos estudados, qual possui representantes que, caracteristicamente, formam os bolores do pão? De forma geral como os fungos absorvem seus nutrientes?

3)      Esquematize no seu caderno o padrão geral do ciclo de vida dos fungos. Em seu esquema, indique quais são as etapas haplóides e quais são as diplóides.

4)      Em um experimento, o pesquisador observou a taxa de crescimento de uma planta isolada e depois a taxa de crescimento da mesma espécie de planta com fungos associados às suas raízes.
a.       Cite um tipo de mutualismo entre raízes de plantas e fungos.
b.      Esboce um gráfico que represente as taxas de crescimento da planta isolada e da planta com fungos associados

5)      Ao analisar o terreno no qual gostaria de plantar espécies vegetais frutíferas, um agricultor constatou que o solo em questão era muito arenoso, fazendo com que água da chuva levasse grande parte de seus nutrientes, como o nitrogênio e o fósforo, para riachos da região. O agricultor, então, fez uso de uma técnica que envolve a presença de fungos simbiontes.
A estratégia utilizada pelo agricultor foi bem sucedida em melhorar a qualidade do solo? Justifique sua resposta.

6)      Em uma aula prática de biologia, João fotografou o tronco de uma árvore.


a.       Que associação biológica pode ser identificada sobre o tronco da árvore?
b.      Como os organismos que constituem essa associação interagem?

7)      As leveduras podem viver tanto na presença quanto na ausência do gás oxigênio.
a.       Que processos de obtenção de energia as leveduras realizam em cada uma dessas situações?
b.      Em qual das situações a atividade metabólica das leveduras é mais alta? Por quê?

8)      Por que os fungos não devem ser classificados como plantas?

9)   Cite alguns benefícios e prejuízos causados pelos fungos ao homem.

10)   Como é que o corpo do fungo consegue se espalhar pelo ambiente?

11)   Como é o corpo do fungo pluricelular?

12)   Dê exemplo de fungo zigomiceto.

13)   Cite dois exemplos de ascomicetos e explique como é feita a reprodução assexuada desses fungos.

14)   Qual a utilidade do levedo para o homem?

15)   Nos sistemas mais antigos de classificação biológica os fungos e as plantas pertenciam ao mesmo reino, o que atualmente não mais ocorre.  Cite três características que justifiquem a retirada dos fungos do reino vegetal.

16)   O mofo que ataca os alimentos, os cogumelos comestíveis e o fermento de fazer o pão são formados por organismos que pertencem ao Reino Fungi. Com relação a esse grupo indique a(s) proposição(ões) verdadeira(s):

01) São organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares autotróficos facultativos.

02) O material nutritivo de reserva é o glicogênio.

04) Em função da nutrição heterótrofa, esses seres podem viver em mutualismo, em

saprobiose ou em parasitismo.

08) Alguns fungos são utilizados na obtenção de medicamentos.

16) Nutrem-se por digestão extracorpórea, isto é, liberam enzimas digestivas no 

ambiente, que fragmentam macromoléculas em moléculas menores, permitindo sua 

absorção pelo organismo.

32) Na alimentação humana são utilizados, por exemplo, na fabricação de queijos, 

como o roquefort e o gorgonzola.

64) Reproduzem-se, apenas, assexuadamente por meio de esporos, formados em 

estruturas denominadas esporângios, ascos e basídios.  

Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas.

17)   Sobre os fungos, assinale o que for correto.
1.       Os fungos são organismos uni ou pluricelulares, aclorofilados, com parede celular e sua reprodução normalmente envolve esporos, como ocorre entre algumas plantas. Armazenam glicogênio e, como os animais, apresentam nutrição heterótrofa. Em virtude de suas peculiaridades, são enquadrados num reino exclusivo: o reino Fungi.
2.       Na agricultura, são bastante reconhecidas as doenças causadas por fungos em plantas cultivadas como: arroz, milho, feijão, batata, tomate, café, algodão e outras. Entre tantos exemplos pode-se citar o fungo  Hemileia vastatrix, causador da ferrugem do café, doença que dizimou grande parte dos cafezais brasileiros na década de 70.
3.       Na fabricação do álcool e de bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação dos fungos da espécie Aspergillus flavus, que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico. Esses fungos, conhecidos como leveduras, são anaeróbios que realizam apenas fermentação como forma de obtenção de energia.
4.       Na espécie humana são conhecidas diversas micoses, que são doenças causadas por fungos. Entre elas consideram-se o "sapinho" ou a candidíase, causada pelo fungo  Candida albicans e a "frieira" ou pé-de-atleta, provocada pelo fungo  Tinea pedis.
5.       Existem fungos aliados dos interesses humanos na agricultura. É o caso do  Metarhizuim anisopliae, um fungo usado como controle biológico no combate aos seres nocivos às plantações, como besouros, cigarrinhas e outros insetos.

18)   Faça uma representação gráfica (desenho) de um fungo basidiomiceto com suas estruturas anatômicas interna e externa.

19) Represente as diferenças entre hifas septadas e não septadas. Em qual(is) dos grupos dos fungos é mais comum as hifas com vários núcleos?

20) Monte a representação da chave filogenética dos fungos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Mosquito com genes modificados reduz Aedes em Juazeiro


Vem de Juazeiro, na Bahia, uma boa notícia no combate à dengue. Testes realizados por cientistas com mosquitos transgênicos incapazes de transmitir a doença mostraram resultados promissores.
O experimento, feito no último ano por pesquisadores da USP e da Moscamed, empresa que produz os mosquitos geneticamente modificados, foi apresentado em um seminário recentemente.
A premissa básica é substituir a população de machos do Aedes aegypti por mosquitos alterados. Eles se reproduzem de forma tão efetiva quanto os selvagens, mas têm uma modificação genética que, transmitida à prole, impede-a de sobreviver.
Resultado: todos os descendentes dessas criaturas artificialmente engendradas morrem antes que possam picar seres humanos e transmitir o vírus da dengue.
Durante o período de um ano, os cientistas liberaram em Itaberaba, um bairro de Juazeiro, mais de 10 milhões de mosquitos.
Depois de soltá-los no ambiente, coletaram amostras de larvas e constataram que entre 85% e 90% delas tinham o DNA modificado.
Levando em conta a população residente de A. egypti na região, houve uma redução de 75%, em relação às de áreas não tratadas.
Editoria de Arte/Folhapress
MODELO IMPORTADO
Os mosquitos transgênicos alterados foram originalmente projetados por pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Desde então, graças a uma parceria, a Moscamed busca desenvolver a tecnologia para produzir nacionalmente os insetos. "Isso reduz os custos", disse Aldo Malavasi, presidente da empresa brasileira, ao site "SciDev.net".
Espera-se que esses insetos transgênicos permitam a erradicação da dengue em regiões onde há baixa mobilidade para o A. aegypti (ou seja, ele viaja pouco de lugares não tratados para tratados).
Juazeiro foi escolhida por ser uma região ideal para a realização de um projeto piloto desse tipo, e a cidade acolheu a iniciativa. Para tanto, os pesquisadores realizaram diversas ações que explicavam o processo.
O estudo demonstrou a viabilidade de controlar a população de mosquitos por esse método, sem causar impactos adicionais ao ambiente.
Contudo, os cientistas fazem duas ressalvas. A primeira é de que se trata apenas de um resultado inicial.
"Era para testar a tecnologia, não fazer uma ação de controle", diz Margareth Capurro, pesquisadora que coordena o estudo na USP.
"Não sei até quando iremos manter a liberação em Itaberaba." Capurro destaca que já estão sendo formulados planos para testar a mesma ação em outros lugares.
O segundo senão é que iniciativas como essa não são um remédio definitivo. Se há interrupção na liberação dos mosquitos transgênicos, a tendência é que a população natural restabeleça seu número em pouco tempo.
"Esse tipo de tratamento tem de ser contínuo. Se pararmos há invasão dos mosquitos de fora nas áreas tratadas", explica Capurro. Ainda assim, o resultado é promissor no combate à doença.

terça-feira, 15 de maio de 2012


Apesar de incertezas, dados sobre aquecimento estão cada vez mais fortes



Paulo Artaxo, físico da USP e membro do IPCC, o painel do clima da ONU, mostra o rascunho de um dos capítulos do próximo relatório do grupo, a ser lançado no ano que vem. O gráfico, uma estimativa da influência das nuvens e dos aerossóis (partículas em suspensão no ar) sobre o clima da Terra, pode parecer decepcionante para quem quer respostas prontas da ciência. Do último relatório do IPCC (de 2007) para cá, a incerteza sobre esse fator aumentou, em vez de cair.

Paradoxalmente, diz ele, isso se deu porque a ciência do clima melhorou, incorporando cada vez mais a complexidade da natureza em seus modelos computacionais, usados para prever como será a Terra do futuro.
O resultado desses avanços não deve fazer os céticos sobre o aquecimento global cantarem vitória. Incertezas à parte, é muito difícil abalar a alta probabilidade de que, ao longo deste século, o planeta vai esquentar mais alguns graus Celsius (algo entre 2º C e 5º C).
"Eu não acredito que isso seja um cenário de fim de mundo, mas as consequências sociais e econômicas vão ser sérias", sentencia Artaxo.
Ele e outros pesquisadores de destaque da área, ouvidos pela Folha, são unânimes em dar de ombros diante do recente mea culpa do britânico James Lovelock.
Editoria de Arte/Folhapress

GAIA E CIÊNCIA
Criador da célebre hipótese Gaia (que enxerga a Terra como um gigantesco ser vivo), ele causou barulho ao dizer, anos atrás, que o aquecimento global mataria bilhões de pessoas até 2100, confinando os poucos sobreviventes no Ártico.
No mês passado, ele se retratou, dizendo estranhar porque o planeta ainda não esquentou mais.
"Eu não sei se ele esperava um aquecimento maior, mas posso dizer que o aquecimento que de fato ocorreu [cerca de 1ºC] está perfeitamente de acordo com as previsões do IPCC", diz Artaxo.
"E note que em nenhum momento ele nega que o aquecimento esteja ocorrendo ou seja causado pela ação humana", completa Tercio Abrizzi, meteorologista do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
A temperatura global, neste começo de século 21, parece mais ou menos estacionada no nível mais quente alcançado no fim do século 20.
"É preciso lembrar, primeiro, que esses degraus são previstos nos modelos climáticos", diz Abrizzi. "E há excelentes trabalhos recentes mostrando que as camadas superficiais do oceano estão ficando mais quentes." É como se eles, temporariamente, funcionassem como um "amortecedor" do clima.
Outro possível amortecedor são os aerossóis, como as partículas de enxofre liberadas pela poluição industrial. Amargo paradoxo: tornar o ar das cidades mais respirável pode engatar a quinta marcha do aquecimento.
"Há inúmeros tipos de aerossóis e nuvens, que podem se comportar de um jeito no nível do mar, de outro a 1.000 m de altitude e de outro na estratosfera", diz Artaxo.
É por causa dessa complexidade que a incerteza dos modelos cresce. Mas, como a proverbial faca, ela corta dos dois lados: pode muito bem revelar um risco ainda maior da mudança climática.

Terra leva um ano e meio para repor recursos consumidos anualmente, diz estudo



Os seres humanos consomem, a cada ano, um montante de recursos naturais 50% superior ao que a Terra pode produzir, de forma sustentável nesse mesmo período. Os dados são do relatório "Living Planet", da ONG WWF, divulgado nesta terça-feira (15).
Desde 1966, a demanda por esses recursos se duplicou, acentuando as diferenças entre habitantes de países ricos e pobres. Se cada morador da Terra consumisse como um americano, por exemplo, seriam necessários quatro planetas para responder a essa demanda.
Análises feitas por outra organização, a "Global Footprint Network", também mostram um cenário preocupante.
Os cálculos têm como objetivo dimensionar o quão sustentável nossa sociedade global é em termos de sua pegada ecológica - uma medida composta por fatores tais como a queima de combustíveis fósseis, o uso de áreas agrícolas para produção de alimentos, e o consumo de madeira e peixes capturados em ambiente selvagem.
No ranking elaborado pela organização, os Estados Unidos ficam entre os dez países como maior pegada ecológica. Entre os primeiros da lista aparecem ainda Dinamarca, Bélgica, Austrália e Irlanda. O Brasil ficou em 56º lugar em uma lista que mede a pegada ecológica dos países.
No ranking elaborado pela organização, o Golfo Pérsico emerge como a região com a pegada ecológica per capita mais alta do mundo, com Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos como os países menos sustentáveis.

ÁREAS TROPICAIS
O estudo mostrou, ainda, que a exploração dos recursos naturais provocou uma redução de 30% da vida selvagem no planeta desde 1970. Entre as espécies tropicais a redução foi ainda maior, de 60%.
O documento combinou dados de mais de 9.000 populações de animais ao redor do mundo para chegar a esta conclusão. Seus principais autores, os pesquisadores do WWF, dizem que o progresso global quanto à proteção da natureza e o combate às mudanças climáticas ainda é "glacial".
O relatório usa dados sobre tendências populacionais de várias espécies ao redor do mundo compilados pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês). Na edição mais completa de seu relatório até hoje, a ZSL examinou um número recorde de espécies (2.600), e populações destas espécies (9.104).
As espécies mais afetadas são aquelas encontradas em rios e lagos das regiões tropicais, que apresentam uma redução de 70% desde 1970. O diretor do Instituto de Zoologia da ZSL, Tim Blackburn, fez uma analogia entre as cifras ambientais e o mercado financeiro.
"Haveria pânico se o FTSE [índice da Bolsa de Londres] mostrasse um declínio como este. A natureza é mais importante do que o dinheiro. A humanidade pode viver sem dinheiro, mas nós não podemos viver sem a natureza e os serviços essenciais que ela nos traz", avaliou.
Uma das recomendações à Rio+20 diz respeito a este conceito, e aconselha os governos de todo o mundo a utilizarem indicadores econômicos que incluam uma valoração do "capital natural".

ESCASSEZ DE ÁGUA
Uma nova medida desenvolvida pelo WWF permite rastrear a escassez de água em 405 sistemas de rios ao redor do mundo com periodicidade mensal.
A análise revela que 2,7 bilhões de pessoas (quase metade da população mundial) já têm que lidar com falta d'água por ao menos um mês todos os anos.
O relatório destaca alguns exemplos de progresso quanto à sustentabilidade, tais como um programa no Paquistão que ajudou fazendeiros de algodão a reduzirem o uso de água, pesticidas e fertilizantes gerando uma colheita semelhante.
Os dados também mostram algumas áreas que precisam de atenção urgente, tais como uma taxa mundial de desperdício de alimentos de 30% causada por comportamento irresponsável nos países mais ricos e a falta de infraestrutura de armazenamento em nações em desenvolvimento.
David Nussbaum, presidente do WWF na Grã-Bretanha, compara os dados com o mercado financeiro ao dizer que não é tarde demais para alterar as tendências em curso, mas que "precisamos lidar com isto com a mesma urgência e determinação com as quais lidamos com a crise financeira sistêmica global".

sábado, 12 de maio de 2012


Aves com variação de cor tendem a se dividir em novas espécies, dizem cientistas

Fonte: Folha.com
Assunto: Evolução
Jeff Whitlock/Universidade de Melbourne
Variedade 'ruiva' de espécie de coruja; cientistas mostraram que aves com variação de cor tendem a se dividir em novas espécies com o tempo
Variedade 'ruiva' de espécie de coruja; cientistas mostraram que aves com variação de cor tendem a se dividir em novas espécies com o tempo

Calendário celeste dos maias tem 1.200 anos

É como se o quadro-negro de uma aula de astronomia que aconteceu há mais de mil anos tivesse sido encontrado em meio à selva da Guatemala. Os números anotados por um escriba maia estão borrados, mas ainda visíveis.
A descoberta, descrita por uma equipe de arqueólogos dos Estados Unidos na revista especializada "Science", é o mais antigo registro dos calendários astronômicos dos maias, os quais, em sofisticação, pouco deviam a civilizações que também viviam de olho no céu, como os egípcios e os babilônios.
Para tristeza dos teóricos da conspiração e profetas do Apocalipse, não há nenhuma menção ao suposto fim do mundo em 2012 nas tabelas astronômicas, que provavelmente datam do ano 813 da nossa era (a data foi encontrada perto das inscrições).
Por outro lado, os números mostram que, assim como os monges medievais seus contemporâneos, os habitantes da América Central tinham grande interesse nos ciclos da Lua, do Sol e dos planetas -provavelmente por razões religiosas, já que esses ciclos eram vistos como manifestações da ordem cósmica.
Editoria de arte/Folhapress
SAQUEADORES
Os achados descritos pela equipe de William Saturno, da Universidade de Boston, vêm da antiga cidade de Xultun, uma das poucas metrópoles maias que ainda precisam ser exploradas com mais afinco pelos cientistas.
Os saqueadores de antiguidades, por outro lado, já se divertiram um bocado por lá. Aliás, foi graças a eles que os calendários astronômicos acabaram sendo revelados.
É que a casa onde eles foram achados -provavelmente a casa de um astrônomo ou escriba, de origem nobre- teve várias fases de uma ocupação. Numa delas, as imagens nas paredes foram recobertas com uma camada de terra e cascalho, e uma nova fase de ocupação foi feita "por cima" disso.
A cobertura acabou preservando os desenhos, hieróglifos e números. Quando os saqueadores exploraram o local, arrancaram essa camada, expondo as imagens.
Nem todas as listas de números são visíveis, mas a comparação delas com textos em "livros" maias, feitos a partir de cascas de árvore por volta do ano 1200, mostra que eles provavelmente equivalem a ciclos celestes.
Um dos grupos de números, por exemplo, corresponde a múltiplos do número 178 -o "semestre" lunar maia, que era usado para tentar prever eclipses da Lua e do Sol.
Outro local da casa apresenta colunas encabeçadas por datas em um dos calendários maias, o de 260 dias (cada data é formada pela combinação de um número de 1 a 13 e um dos 20 nomes de dias da "semana", já que 13 x 20 = 260).
Abaixo dessas datas, há mais números. A incerteza sobre o significado deles é maior, mas vários são múltiplos de ciclos astronômicos de Marte, Vênus e Mercúrio, dizem os pesquisadores.
O mais interessante é que os ciclos maias se estendiam cerca de 7.000 anos rumo ao futuro -muito depois da nossa própria época. "Para eles, nada mudaria no Universo", afirma Saturno.

quinta-feira, 10 de maio de 2012


Pouco contato com natureza 'aumenta a incidência de alergias'

A falta de exposição à natureza pode estar aumentando a incidência de asma e outras alergias entre moradores de cidades, segundo um estudo finlandês.
Os cientistas dizem que certas bactérias, apontadas em outros estudos como benéficas para a saúde humana, são encontradas em maior abundância em ambientes rurais.
Esses micro-organismos cumprem um papel importante no desenvolvimento e manutenção do sistema imunológico, explicam os especialistas.
As conclusões do estudo foram divulgadas na publicação científica "Proceedings of the National Academy of Sciences".
"Existem micróbios em todo lugar, inclusive em áreas urbanas, mas os micróbios de ambientes naturais são mais benéficos para nós", disse à BBC um dos autores, Ilkka Hanski, da Universidade de Helsinque.
FUNÇÃO "ESPECIAL"
Para realizar a pesquisa, a equipe coletou amostras de pele de 118 adolescentes finlandeses e constatou que os que viviam em fazendas ou perto de florestas tinham maior diversidade de bactérias e eram menos sensíveis a alergias.
Heinz-Peter Bader/Reuters
Abelha poliniza flor na Alemanha. Bactérias mais abundantes na natureza aumentam resposta imunológica a alergênicos
Abelha poliniza flor na Alemanha. Bactérias mais abundantes na natureza aumentam resposta imunológica a alergênicos
Hanski explicou que as bactérias são benéficas para nós porque promovem a microbiota - o conjunto de micro-organismos que formam colônias dentro do corpo ou sobre a pele, mas sem provocar doenças.
Segundo ele, estes micro-organismos são importantes "para o desenvolvimento e manutenção do sistema imunológico".
O estudo também permitiu que a equipe identificasse um grupo de bactérias, conhecidas como gama proteobactérias, que têm uma "função especial".
Um dos tipos de gama proteobactéria, chamada Acinetobacter, foi "fortemente associado ao desenvolvimento de moléculas anti-inflamatórias".
"Basicamente, nosso estudo revelou que quanto maior a quantidade dessa bactéria em particular você tem na pele, (maiores suas) respostas imunológicas capazes de suprimir reações inflamatórias (ao pólen, a animais, etc)", afirmou Hanski.
O cientista explicou ainda que as gama proteobactérias tendem a ser mais prevalentes em ambientes vegetais, como florestas e terras usadas para agricultura, do que em ambientes urbanos e na água.
"A urbanização é um fenômeno relativamente recente, durante a maior parte do nosso tempo (de evolução da espécie humana), temos interagido em uma área que hoje chamamos de ambiente natural."
"A urbanização pode ser vista como uma oportunidade perdida, para muitas pessoas, de interagir com o meio natural e sua biodiversidade, inclusive as comunidades de micróbios".
Hanski admite que não é possível reverter a tendência global de urbanização, mas disse que há uma série de opções para aumentar o contato com ambientes naturais.
"Além de preservar áreas naturais fora de áreas urbanas, acho que é importante fazer um planejamento de cidades que inclua espaços verdes, cinturões verdes e infraestrutura verde."

quarta-feira, 9 de maio de 2012


Migração levou agricultura para a Europa

     Um conjunto de apenas quatro esqueletos, todos com idade em torno de 5.000 anos, bastou para mostrar que a agricultura surgiu no norte da Europa graças a migrações que vieram do sul.
     Três dos esqueletos eram de uma população de caçadores-coletores --uma criança de sete anos, uma mulher de cerca de 45 e um homem de 25 anos. O quarto, de uma mulher de 20 anos de idade, veio de uma cultura pré-histórica que já praticava a agricultura nessa época.
     Apesar da amostra pequena, a força do estudo vem da análise detalhada do material genético (DNA) do núcleo das células, em vez daquele tradicionalmente feito com o DNA de organelas (pequenos órgãos) celulares, as mitocôndrias. Entre 2% e 5% do DNA dos indivíduos foi analisado, na tática de optar por mais genes, apesar da disponibilidade de poucos indivíduos.

         MILHÕES E MILHÕES
   "Nós obtivemos 249 milhões de pares de bases do DNA de restos escavados na Escandinávia e descobrimos que o DNA do agricultor é mais semelhante ao de populações do sul da Europa", escreveram os pesquisadores da equipe sueco-dinamarquesa que realizou o estudo.
        A equipe liderada por Pontus Skoglund, da Universidade de Upsalla, na Suécia, publicou seus achados em artigo na revista especializada americana "Science".
Na pesquisa, eles afirmam, por outro lado, que o DNA do trio de caçadores-coletores é bem diferente. Sua assinatura genética distinta é mais semelhante à existente em europeus do norte.
   "Nossos resultados sugerem que a migração vinda do sul da Europa catalisou a propagação da agricultura e que a miscigenação, na esteira dessa expansão, acabou moldando as características do genoma dos povos europeus modernos", afirmam os autores do estudo. O genoma dos caçadores-coletores lembra mais o dos atuais finlandeses, enquanto o do agricultor tinha semelhanças com o material genético de gregos ou cipriotas.
     As amostras dos dois tipos de populações eram relativamente contemporâneas, mas elas viviam separadas por uma distância de uns 400 km. Como os autores lembram no artigo, a agricultura teve origem no Oriente Médio em torno de 11 mil anos atrás e foi introduzida na Europa cerca de 5.000 anos depois.

     PASSO DE TARTARUGA
   É interessante notar que a agricultura, uma tecnologia tão vital e revolucionária, levou em torno de 3.000 anos para alcançar o noroeste da Europa quando se tem em mente a intensa aceleração do desenvolvimento tecnológico humano depois da Revolução Industrial -para não dizer no século 21.
     "O que é interessante e surpreendente é que agricultores e caçadores-coletores da Idade da Pedra da mesma época tinham composição genética bastante diferentes e viveram lado a lado por mais de mil anos, até finalmente se misturarem", declarou um dos autores do estudo, Mattias Jakobsson, também da Universidade de Upsalla.
     "Ninguém hoje tem o mesmo perfil genético dos caçadores-coletores originais, embora eles continuem sendo representados na herança genética dos europeus de hoje", declarou Skoglund.
     Os resultados indicam que a expansão da agricultura não foi um processo meramente cultural (a simples disseminação da ideia de que era possível produzir alimentos plantando sementes), mas sim vinculado diretamente à migração de populações de agricultores que vieram do sul, as quais provavelmente se multiplicaram mais do que os caçadores.

segunda-feira, 7 de maio de 2012


"Prédio verde" em São Leopoldo é exemplo de sustentabilidade

Fonte: Zero Hora

Inaugurada em 2009, estrutura da SAP Labs Brasil em São Leopoldo foi apresentada a jornalistas estrangeiros

"Prédio verde" em São Leopoldo é exemplo de sustentabilidade Miro de Souza/Agencia RBS
Vidraças laterais favorecem a entrada de luz natural no prédioFoto: Miro de Souza / Agencia RBS
Álisson Coelho, de São Leopoldo
A fachada não é verde, mas mesmo assim, o prédio é chamado de green building (edíficio verde). Uma das primeiras construções 100% sustentáveis da América Latina, a estrutura da SAP Labs Brasil em São Leopoldo, no Vale do Sinos, chamou a atenção de jornais de vários países. Repórteres de seis nacionalidades desembarcaram no Estado para conhecer o exemplo da construção pensada para minimizar os impactos no meio ambiente.

Inaugurada em 2009 dentro do Parque Tecnológico de São Leopoldo (Tecnosinos), a estrutura recebeu investimentos de cerca de R$ 40 milhões. Entre outras iniciativas, a empresa reutiliza toda a água que descarta através de um sistema próprio de tratamento. As vidraças, que formam as paredes e o teto do prédio, permitem a entrada de luz natural, minimizando o uso de eletricidade.

Ao redor da construção, erguida na Unisinos, um sistema instalado em frente às vidraças bloqueia o calor do sol, ajudando no controle da temperatura. Os condicionadores de ar possuem um sistema inteligente, e entram em funcionamento automaticamente em caso de necessidade.

 
Foto: Miro de Souza, Agência RBS

Com os sistemas instalados na empresa, a SAP realizou um trabalho de educação ambiental de seus colaboradores. Essas iniciativas geraram resultados diretos. Se comparada com uma estrutura comum, o prédio em São Leopoldo consome 70% a menos de energia e 60% a menos de água.

— Estamos conseguindo reduzir o consumo a cada ano. Outro reflexo positivo é que, por estar dentro dessa cultura diariamente, nossos colaboradores estão implementando essas práticas em casa — afirma um dos coordenadores da empresa, Fabiano André Hennemann.

Se a estrutura atual de 8 mil metros quadrados já impressiona, nos próximos meses ela deve dobrar de tamanho. Um novo prédio, ao lado do atual, deve começar a ser construído em julho. Com isso, a empresa que hoje conta com 510 funcionários em São Leopoldo deve ultrapassar os mil colaboradores.

Os benefícios das medidas no comparativo entre 2010 e 2011:

Energia: - 9,58% 
Lixo não reciclado: - 21,07%
Lixo reciclável gerado: - 46,63%
Plástico: - 64,17
Papel: - 33,31%

A empresa conseguiu, no último ano, reduzir seu consumo de energia e baixar os volumes de lixo gerado. Em contrapartida, teve aumento no número de funcionários de 37,1%.

Jornais que vieram conhecer o prédio:

USA Today — Estados Unidos
Business Green — Reino Unido
L’Informaticien — França
Computerworld — Reino Unido
01 Business and Technologies — França
Focus Magazine — Alemanha
Sekret Firmy — Rússia
Diario Perfil — Argentina
Financial Times — Estados Unidos 

Sobre a SAP

A SAP é líder do mercado mundial de aplicações de software empresarial. A empresa está presente no mundo todo, com operações próprias e via parceiros de negócios. Na América Latina, possui subsidiárias em 12 países. A empresa estima que 63% da receita com transações financeiras no mundo circulam na plataforma SAP.